Atribulação

Um momento que chegou por fim.
Quando tudo se desmoronou,
O segundo em que tudo terminou.
Um sofrimento que se instalou,
Hospede indesejado.

Movimento interior atribulado
Enquanto o Sol faz sombra à verdade.
Uma força transparente começa a crescer.

Vazio amargurado,
Sem futuro, nem passado.

Duas forças lutam entre si,
Para ser parte
De algo que não cessa de acontecer.

Tempo, cúmplice da alma,
Tudo trás, como tudo leva.
Tudo acende, e tudo se apaga.
A água cai e gotas estrondosas acertam no chão,
Tanto nubla, tudo limpa.

Correndo,
Vales e montes.
As estrelas e a noite seguem para
Iluminar o escuro caminho.
Imensidão de verdade transcendente.

Vencedor festeja a tua nova criação,
Dotada de força e coração.
Brilho e esplendor sem igual,
Um hóspede muito acarinhado.

Joana Ferreira (20 Janeiro/2010 - última actualização)